Capitulo 1 - Greenest em Chamas

Valfotz se depara com aquela situação. O preconceito destilado pela população para com o jovem lagarto. Vendo o comportamento ignorante da população, o mago não podia se abster.

"Deixe-o passar guarda. Não esta vendo o simbolo sagrado no colar dele. Ele é um clérigo de Bahamut, o dragão paladino, não um vagabundo qualquer. Mesmo eu não concordando com os métodos poucos eficientes de Bahamut e seus seguidores. Um sacerdote pode ser útil nessa situação calamitosa. Fora que ele é um fiel Bahamut, um 'dragão bom', pode ter algumas informações pertinentes sobre esse ataque. Sei que deve estar pensando, que ele parece com os nossos agressores, mas não, draconatos como ele só possuem aparência aproximadas de um dragão.

Vendo a reticencia das pessoas em escutar as suas palavras o mago conclui. "Sei que parece bem conveniente um clérigo, draconato, aparecer no meio da crise como essa. Mas eu me responsabilizarei por esse ser. Se não concordar, pode explicar depois para o governador as centenas de mortes aqui que poderia ser evitadas pelos cuidados de mais um clérigo.

Quando Linan começa a chegar perto a pele pálida da meio elfa começara a apresentar um tom avermelhado, e por estar instintivamente desviando seu olhar do rosto da guerreira apenas notou cicatrizes em seu rosto. *Sinais de uma vida difícil, e quando aparentemente encontrou paz, isso acontece. Me identifico nela.* pensou Ninya.
 Ao ouvir a movimentação e os gritos do lado de fora corre para la junto ao Valfortz, Linan e os demais, onde uma mistura de sentimentos, perguntas e afirmações tomavam conta de si.
*O que é isso? essa abominação não vai se cansar até matar nós todos!* imaginara ela, sentindo uma fúria barbara para com o dragão azul em sua frente seguido de uma mistura de medo após sua forma lembra-la do dragão branco que matou seus pais em uma forma humana e a sequestrou após destruir o reino.

-Maldito seja sua besta, nesta forma não conseguirá vencer todos nós! Grita em dracônico sabendo que no meio de tantos gritos esse em especifico ele reconheceria, porem foi seguida pelas baboseiras do mago.
-Acredita que um ataque raro de um dragão azul tão longe de seu habitat coincidênciaria com o surgimento de um draconato, uma raça tão rara quanto e ainda por cima de mesma cor do que nos atacou, seria bom com a gente? No minimo merece morrer pelo ataque nesta cidade que já sofreu o suficiente com dragões em apenas um dia.

Valfortz intervém.

"Minha cara, olhe bem para o símbolo em seu pescoço, é o simbolo do Deus menor Bahamut, um dragão metálico. E ate uma criança de rua qualquer sabe que dragões metalicos são 'bons', bons até demais para meu gosto. E sobre a terrível coincidência dele aparecer logo hoje. Bom minha criança, nós estarmos todos aqui hoje já não uma terrível coincidência? Tenho certeza que se vocês pararem de ameaça-lo e darem espaço para falar, ele seria capaz de contar uma história tão boa quanto de qualquer outro aqui, quem sabe ao término do relato do draconato poderemos entender melhor sobre tudo que se passou hoje. Afinal, isso é o que mais importa agora."

Em fúria ainda porem preparada a ouvir o mago que lutou ao seu lado ela retruca.

-Valfortz, seu simbolo é de Bahamut, mas sua cor é de um cromático, e até crianças de rua sabem que cromáticos são maus. Porem a ordem de ataca-lo não se adere a mim. Diz ela olhando para Linan.
-Se me permite dizer minha opinião Linan, vamos captura-lo, se é bom como Valfortz diz provavelmente não nos matará. Por mais que eu acredite que é a pior escolha. Diz Ninya para a guerreira.

off:

Paartunax ainda com as mãos para cima, com as armas guardadas olha para os rostos daquelas pessoas, pobres, burgueses, elfos, qualquer seja a origem ou classe social estavam unidos com um sentimento de fúria e medo dele. Segurou as lágrimas ao lembrar dos preconceitos que sofreu a vida toda vivendo em um mundo de humanos. Porém olhou para cima e sussurrou "Por que essa coincidência meu senhor? Justo eu chegar nessa vila e um dragão cromatico azul atacar? Isso é um sinal? Me conceda sabedoria para entender".

Pensando bem até ele mesmo desconfiaria se estivesse no lugar daquelas pobres almas. "Como fazer para convence-las? Devo convence-las?" Pensou.

Estava dando pequenos passos para trás tentando ficar submisso a multidão quando um homem  diferente dos demais chega para ajuda-lo "Porque alguém me ajudaria?" pensou, tinha cicatrizes no rosto que lhe chamaram atenção. As palavras dele lhe deram forças, era o sinal que esperava de Bahamut, o fez lembrar de sua fé. Aquele homem ficou discutindo com uma fêmea enquanto Paartunax pegou seu simbolo sagrado na palma da mão, enquanto a chuva escorria por sua mão e molhava o simbolo do dragão de platina. Apertou o simbolo e olhou para a jovem que discutia com o homem de cicatrizes, ela tinha a cabeça enfaixada, estava ferida, se ela fosse convencida talvez a situação poderia melhorar.

Levantou a mão com o simbolo sagrado aos céus e com a outra mão de punho fechado no peito fez uma pequena prece "A benção do bondoso rei dos dragões Bahamut protegerá essa cidade" e fez uma magia de cura na mulher.

Curar ferimentos : Paartunax efetuou 1 lançamento(s) de dados (D8.) :

8

" +2

"Entrem todos, eu ficarei aqui fora para protege-los!"  Fala para os vilões
"Meu senhor, se é esse meu destino, que seja feita sua vontade" reza para Bahamut

Valfortz, com um visível semblante de preguiça de discutir, desiste de tentar argumentar e fala:


"Façam como quiserem, não me importo tanto assim com o que vai acontecer com as pessoas daqui sem a ajuda dele mesmo. Irei até o governador, talvez lá eu consiga algumas informações importantes."


O mago comanda telepaticamente para que o Sr.Yurui fique empoleirado próximo do grupo de pessoas. *Fique por perto Sr.Yurui deles, me contate caso surja alguma informação importante*. Valfortz então vira-se e se direciona as escadas que o governador havia subido agora pouco.

Depois de discutir com o mago sobre o alinhamento do tal draconato que surgiu em frente aos portões do forte, ignora sua ida de volta para dentro, e então sente uma súbita energia boa em seu corpo e de repente sua fadiga e dor diminuirá e muito, ela olha para o dragão e por algum motivo mais calma ela o vê conjurando uma magia de cura com o simbolo de Bahamut, por um minuto ela ficou quieta "ligando os pontos" e então se vira novamente a Linan olhando bem em seus olhos dizendo.

-Ele não é um dragão! Confie em mim, o mago estava certo!

E então grita aos demais.
-Ele não é o dragão que nos atacou, foi enviado pelo deus bahamut para nos ajudar.

Dado de persuasão a Linan Ninya Fiore Riannon efetuou 1 lançamento(s) de dados (D20.) :

2

+5

Maxle fica feliz ao ver Lilly, mas está cansada demais para falar nesse momento, respirando de forma acelerada. Ela pega o pedaço da capa com a mão esquerda e esfrega em seu rosto retirando todo o sangue do ferimento que o dragonete teria feito, depois ela olha profundamente nos olhos de Lilly.

"Fico feliz que esteja viva. Muito obrigada, lidere a caravana por esse caminho... Eu só preciso de um tempinho..."

Ela pega o tecido ensanguentado e o coloca em seu rosto, vendando seus olhos, levantando seus cabelos e o amarrando por trás ficando de joelhos com sua mão direita no peito do homem morto pelo kobold.

"Sei que não tive tempo suficiente para o salvar, meu senhor fiz o que pude para que ele possa no mínimo poder ouvir os doces cantos de pássaros ao acordar na manhã seguinte, sei que não é do seu agrado que sua fiel representante no plano material possa cometer erros que poderiam ser facilmente evitados com um bom planejamento. Fui egoísta e achei que poderia cuidar de todos sozinha e descobri da pior forma possível que sozinha eu não seria capaz de espalhar sua honra de forma eficaz. Sua justiça é cega a todos, principalmente aqueles que fazem o mal por coisas tão banais, juro pela minha alma que isso não se repetira enquanto eu estiver presente, não em vão, não que eu não tenha tentado com todas as minhas forças. Leve sua alma em segurança pelo plano etéreo. Eu de já agradeço meu Senhor e Deus Tyr." Tiro a venda de meus olhos e me sento próximo ao corpo, olhando para o céu.


*Se a situação aqui já está um completo caos, não quero nem ao menos pensar no que se passa dentro daquela cidade.*Ela pensa enquanto olha para as colunas de fumaças vindas da cidade.

Paartunax abaixa a guarda quando a mulher que ele curou começa a defende-lo, observa em silencio a discussão das duas "Nem mesmo eu acreditaria em mim nessa situação, só pode ser um milagre de Bahamut" ele pensa.
Ele as segue para dentro do forte, na passagem passa a mão na cabeça de um garoto que chorava de medo abraçado na avó. Fica em silencio o tempo todo, seu coração está disparado, que situação difícil acabou de passar.

Ao encontrar com o governador e ouvir o pequeno discurso até ser solicitado para das informações ele olha em volta e os olhares desconfiados daquelas pessoas o intimidam, engole seco e fala um pouco timidamente com a voz grossa e reptiliana enquanto segura e mostra seu simbolo sagrado "Eu me chamo Paartunax de Kimbatuul, sou m religioso que sigo os ensinamentos e dogmas do senhor da bondade, justiça e nobreza Bahamut, o rei dragão de platina e pertenço ao clericato de santa Kurya, conhecida com "O Olho". Viajo a serviço da justiça divina a alguns meses por essas terras pois descobri indícios de que uma possível  seita maligna estaria agindo. Descobri ser o chamado culto dos dragões, vindo pra cá vi esses cultistas logo antes do ataque do dragão azul, eles vestem robes roxos e tem um simbolo bordado no peito, uma cabeça de dragão de lado com cortes de garras ao fundo. Suspeito que sejam adoradores de Tiamat, a deusa maligna dos dragões cromáticos e devem estar envolvidos nesse ataque"

O dragonborn para de falar, acha que falou demais e espera a reação das pessoas da sala. Ouve o governador falar das opções mas não opina, precisa de tempo para ganhar a confiança deles, podem ser grandes aliados contra o culto, melhor ficar submisso por enquanto...